Monday, September 11, 2006

Ontem


Ainda ontem sorri pra você

Beijei-te com toda a paixão

Fiz uma declaração clichê

Escancarei o meu coração


Ontem, olhei nos teus olhos

Admirei o brilho arredio

Falei-te sobre os meus sonhos

Acariciei teus mamilos


Ainda ontem, molhei tua pele

Derramei lágrimas amargas

Desabafei, me senti mais leve

Livrei-me de todas as mágoas


Ontem, toquei seus cabelos

Senti o odor magnífico

Ericei todos os teus pêlos

Sussurrei loucuras em teus ouvidos


Ainda ontem, disse ser eterno

O amor que borbulhava em meu peito

Fiz promessas e planos incertos

Jurei que seria sempre do teu jeito


Mas, querida, eu não contava

Com essa alma de poeta

Que tão fácil se enamora

Tanto quanto se liberta


À noite, o vento passou

E foste como uma pluma

Ontem, morria de amor

Hoje, és somente mais uma


Tuesday, September 05, 2006

Malandro qué bebe água
que passarinho num bebe,
Malandro qué incontra
mulher que nunca sussegue.

Lua Nova

No horizonte, o sol nasce

Sento e abraço o vazio

Aqui, te procuro em toda parte

Mas vejo que estou de novo sozinho


No céu, para o centro o sol se esgueira

Não me conformo com a solidão

Aqui, vou vagueando pela areia

Procurando acalmar meu coração


No horizonte, o sol se põe

Meus olhos se perdem observando

Aqui, a fraqueza se expõe

Nestes mesmos olhos choramingando


No céu, a lua agora rodopia

Romântica, traz novos tempos

Aqui, esqueço a agonia

Pois já sopram melhores ventos


Luã Souza Marinatto



Obrigado pelo convite, gente... Só espero manter o excelente nível dos textos do blog. =D

Monday, September 04, 2006

O galo cantô bem alto
No cruzeiro abandonado.
Canto sem saber as reza
Que ali já foi tudo rezado.
Cantô pra acorda os homi,
Qui num deixam nada acordado.
Cantô pra acorda as dama,
Pra vesti vestido rodado.
Pra canta as moda da terra,
I fugir di homi casado.