Thursday, April 13, 2006

A BRINCADEIRA DE CRIAR

Amaralto tocava o seu tambor com força.
A força era tanta, tanta, tanta, que começou a suar.
O som do tambor era muito alto,
Era como Amaralto gostava de chamar:
Divino.
O som começou a se misturar com o suor de Amaralto.
Quando ele viu isso, pensou, e começou a criar.
A primeira gota de suor se juntou com som mais forte.
Amaralto pensou o homem.
Como não tinha lugar pro homem ficar.
Amaralto começou a pensar terra.
Mas o som estava alto e furioso, então Amaralto pensou o mar.
Foi rapidinho, mas o homem sentiu dor.
Amaralto que só tocava, suava e pensava, começou a rir.
Pensou árvores, frutas, rios,
tudo isso pra dor do homem passar.
Amaralto riu mais alto, riu, riu, riu...
E pensou animais, tudo diferente,
engraçados, bizarros, chatos, feios, bonitos.
Amaralto sentiu pena do homem,
Porque o homem não viu nada disso.
Era tudo muito escuro.
Amaralto pensou a Luz Forte.
O homem gostou, mas ficou com os olhos doentes.
Ai Amaralto pensou a Luz Fraca, pro homem descansar os olhos.
O homem, teve felicidade, mas não toda.
Então Ele parou. Olhou. Pensou. Tocou.
O homem tremeu.
Ele transpirou com gosto.
Tocou muito rápido, muito forte, muito alto.
Divino.
Criou a mulher.
E o homem aprendeu a dançar.

Thursday, April 06, 2006

Numa sala de aula

Ah se estivesses aqui comigo ...

Se teu perfume inebriando o local anunciasse sua doce chegada ,
Se entrasses por esta porta rompendo com o praxismo presente,
Se pudesse tocar-te e sentir-me deslizar sobre sua pele...

Então eu estaria feliz !

Então todo essa monotonia gélida findar-se-ia ao som de sua voz sussurrada,
Os mais profundos prazeres entrariam em ebulição quando sentissem seu corpo junto ao meu,
E meus olhos não se atreveriam a buscar outra direção senão a de seus olhos.

És a fantasia que permeia meus íntimos desejos,
O meu sorriso que se mostra sem aparente motivo
E a flama que esquenta minhas frias manhãs

Ah se estivesses aqui comigo ...