O Arcanjo Curitibano - Capítulo IV
IV - Músicos, malabaristas, boêmios, jogadores e moças de roda
Que estavam vocês a fazer a essas horas?
Sentados à mesa, soprando a fumaça de cigarro que trafega rumo a Veneza.
Mentindo pra ganhar, mentindo pra perder...
Sorrindo a cantar, sorrindo a beber...
Que estão vocês a fazer a essas horas?
Deixando zumbizar o zumbido da vitrola,
Deixando apitar o apito da viola,
Deixando chorar o cavaco que já não chora.
Que estará você, loirinha, a fazer amanhã de manhã?
Quando tudo passar, jogatina e Iansã...
E se chover devagar, serenata de algodão
Eu te ponho, neguinha, a ninar.
A bebedeira de outro dia que andaste a exagerar
Eu te abraço, neguinha, pra curar.
Eu te dou um cansaço daquela idade, pra poder descansar.
Pra felicidade bater e fazer a mente sã.
(Vinícius Andrade Vieira)
Que estavam vocês a fazer a essas horas?
Sentados à mesa, soprando a fumaça de cigarro que trafega rumo a Veneza.
Mentindo pra ganhar, mentindo pra perder...
Sorrindo a cantar, sorrindo a beber...
Que estão vocês a fazer a essas horas?
Deixando zumbizar o zumbido da vitrola,
Deixando apitar o apito da viola,
Deixando chorar o cavaco que já não chora.
Que estará você, loirinha, a fazer amanhã de manhã?
Quando tudo passar, jogatina e Iansã...
E se chover devagar, serenata de algodão
Eu te ponho, neguinha, a ninar.
A bebedeira de outro dia que andaste a exagerar
Eu te abraço, neguinha, pra curar.
Eu te dou um cansaço daquela idade, pra poder descansar.
Pra felicidade bater e fazer a mente sã.
(Vinícius Andrade Vieira)