Monday, October 23, 2006

O Arcanjo Curitibano - Capítulo III

III - A fuga de Carlos

"Um lugarejo no meio do mato
Sumir deste frio, remando ou a nado
Se de repente o sumiço vier, que será que faço?"

Carlos - Não sei se jogo, só sei que passo

Receio o regaço, mas não trapaceio
Amarro os sapatos da pequenina, ganho um abraço,
Mas não me escapa a jogatina; o palpite; a coragem
Dou alpiste aos pássaros...

... entre os dedos me escorrega o dado

Um... dois... três...
Lanço-o outra vez

Vejo o cavaleiro unitário, solitário
Triste galope, tom de despedida, adeus que nunca ocorre
Lado a lado o tempo corre, despedir calculado,
vaidoso, calculado, generoso, mal intencionado
Feridas escondidas, palavras medidas:

Narrador - Toda vez que me faz chorar, me mato

Soluçante, esbarro com um medo inventado,
que justifique o último cigarro e
todo o restante dos atos impensados,
como antes, sem passado...

Vagaroso vaga-lume, chama do candelabro
Não sei se fico, não sei se parto
Não sei se remo, não sei se nado
Quem dera dois mais dois
nem sempre fosse quatro

(Vinícius Andrade Vieira)

Segue a publicação de textos do meu colega. Espero que estejam gostando.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Esse eu vou ler de novo!

1:07 PM  

Post a Comment

<< Home